terça-feira, 10 de agosto de 2010

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Pagode universitário renova e modifica estilo musical da "eletrônica" Vila Olímpia, em São Paulo

Vila Olímpia, bairro nobre da zona sul da cidade de São Paulo. Local conhecido por ser um dos pontos mais movimentados e frequentados por jovens quando o assunto é a vida noturna. Seus bares e baladas ganharam destaque nacional devido à fama de abrigar casas cujo forte é a música eletrônica. Mas, nos últimos anos, um outro som vem ganhando espaço nas baladas do pedaço, um som radicalmente diferente. Trata-se do pagode universitário.

Para entender melhor o assunto, voltemos ao ano de 2000 com o ainda desconhecido grupo de pagode Jeito Moleque. Formado até então por jovens universitários que arriscavam seus acordes em Santana, zona norte de São Paulo, sempre após as partidas de futebol, e em barzinhos da Vila Madalena, o grupo recebeu o primeiro convite para tocar na Vila Olímpia.
A iniciativa, que até então poderia soar como um tiro no pé devido a tradição eletrônica do bairro, foi uma cartada de mestre, como explica Felipe Saab, violão e banjo do Jeito Moleque.

O movimento chegou sem muita força. Posso até apontar o nosso grupo como um dos pioneiros, juntamente com o Inimigos da HP, pois começamos com esse som em um lugar onde não tocavam este tipo de música. E, em meados de 2005, a galera da faculdade, localizada nos arredores das baladas, abraçou o pagode universitário de uma forma impressionante”, disse.

Mas o que seria exatamente o pagode universitário? Saab é bem direto: “O pagode conseguiu acompanhar a evolução musical dos últimos anos. Temos uma nova geração muito boa, cada um com sua imagem, isso mostra que a globalização nos ajudou bastante. Ou seja, este ritmo nada mais é do que uma mistura de estilos com uma pegada ao nosso estilo, vinda de pagode”.

Fonte: Vírgula

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